terça-feira, 19 de abril de 2011

A excelência da criação




Salmo 19.1-4

Estamos cercados por fantásticas demonstrações da habilidade de Deus: os céus dão a dramática evidência de sua existência, de seu poder, amor e cuidado. Dizer que o universo surgiu por acaso é absurdo. Sua complexidade e organização apontam para um Criador que o projetou pessoalmente. Quando olhar para a natureza e para os céus, agradeça a Deus por tal beleza magnífica e pela verdade que revelam a respeito do Criador.


A principal mensagem que Deus nos transmite através da natureza é a de que Ele existe. Esta é uma revelação importante porque a Bíblia diz que antes que possamos chegar a qualquer lugar com Deus, devemos primeiramente crer que Ele existe: “Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que Ele existe e que recompensa àqueles que o buscam” (Hb 11.6). Podemos crer em Deus porque a Bíblia diz que Ele deu a cada pessoa uma medida de fé para crer nEle (ver Rm 12.3).
As primeiras palavras da Bíblia nos dão a primeira lição de fé: “No princípio criou Deus ...”. Muitas pessoas reconhecem que Deus existe, mas elas não aprenderam a se relacionar com Ele diariamente. Por meio da graça, Deus tenta nos alcançar todos os dias, e Ele coloca lembretes de Si mesmo por toda parte. Ele deixa pistas de Si mesmo ao nosso redor, pistas que anunciam claramente: “Estou aqui. Vocês não precisam viver com medo; vocês não precisam se preocupar. Eu estou aqui”.


Deus quer estar envolvido em cada aspecto da sua vida. Se Ele dedicou tempo para guardar todas as lágrimas em um odre (Sl 56.8) e para contar cada cabelo da sua cabeça (Mt 10.30), Ele certamente se preocupa com tudo o mais.


Jesus disse que deveríamos olhar os lírios do campo (ver Mt 6.28) e os pássaros do céu (ver Lc 12.24). Meditar na forma como Deus adorna os campos e provê alimento para os pássaros pode nos fazer lembrar de que Ele se importa ainda mais conosco.

Uma boa caminhada ao ar livre é uma grande oportunidade para tirarmos umas pequenas férias das pressões da vida diária e olharmos as árvores, os pássaros, as flores e as crianças brincando.


Deus fala a todos através das obras de Suas mãos. Até mesmo as pessoas que vivem fora da vontade do Senhor sabem discernir o certo do errado e a realidade de Deus, porque o Salmo 19.1-4 nos diz que a própria natureza testifica do poder e do plano divinos.

A vida às vezes é muito complicada, mas podemos aprender a desfrutar das coisas simples, mas poderosas e belas, que Deus criou!


E-mail: abonbiblia@hotmail.com

domingo, 17 de abril de 2011

Há esperança

(Jó 14.7-9)

“Porque há esperança para a árvore, que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e morrer o seu tronco no pó, ao cheiro das águas, brotará e dará ramos como a planta”.

Como um homem esmagado pela dor, Jó estava convicto de que morreria dentro em breve. Julgava-se abandonado por Deus e como objeto de desprezo dos seus companheiros. Não podia fazer outra coisa, a não ser perseverar na convicção da integridade da sua causa e manter confiança na justiça de Deus, apesar de tudo parecer contrário. Jó cria que Deus se tornara seu inimigo e que se comprazia em permitir tormento e agonia sobre ele (16.9,19-22).

Não devemos culpar a Deus por aquilo que Ele apenas permite. Tragédias acontecem entre os seus filhos, as quais Ele permite, com pesar e compaixão, pois não tem prazer em contemplá-las. Na sua vontade permissiva Ele apenas tolera que muitos rejeitem a Ele e à sua salvação. Na sua perfeita vontade Ele deseja que “todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade” (1Tm 2.4).

Em meio ao sofrimento e desespero, Jó se apegava a Deus com grande fé, crendo que o Senhor o vindicaria afinal. Jó tinha Deus como seu “Redentor” ou ajudador.

Nos tempos bíblicos, um “redentor” era um parente que, com grande afeição, fazia-se presente para proteger, defender e ajudar a sanar problemas de um parente sofredor.

As Escrituras declaram que o Pai celestial tem cuidado de nós. Por isso podemos dizer juntamente com o salmista: “Em Deus tenho posto a minha confiança; não temerei o que me possa fazer o homem” (Sl 56.11). Essa afirmação pode ser feita com confiança em tempos de necessidade, de aflição, de provações ou de adversidade.

Jó perdera a família, as posses, a saúde, a posição e o bom nome, mas prosseguia no desejo de ter a comunhão com Deus que dantes desfrutava (23.3) e ter a Sua luz para que pudesse caminhar em meio às situações obscuras que estava atravessando (29.2).

Todos os filhos de Deus têm essa experiência em algum momento de sua vida, ocasião em que clamam a Deus por socorro e Ele parece não ouvir. Até mesmo o Senhor Jesus Cristo passou por tal experiência (Mt 27.46). Em tais ocasiões, não devemos deixar de perseverar na fé (Lc 18.1-7). Sabemos pelo modo como Deus lidou com Jó e com todos os servos fiéis no decurso da história, que nenhum verdadeiro seguidor do Senhor é jamais abandonado por Ele (Hb 13.5), e nenhuma oração sincera jamais deixa de ser ouvida (Sl 9.10).  

Em casos como o de Jó, se perseverarmos Deus manifestará sua presença e nos dispensará o seu cuidado. Deus nunca permite que seu servo sofra sem um propósito espiritual, embora talvez ele não compreenda por que, como foi o caso de Jó. Nesses casos o cristão deve confiar em Deus, sabendo que Ele, na sua perfeita justiça, fará o que é sempre melhor para nós e para seu reino. “Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso (Tg 5.11).

No momento mais obscuro da vida de Jeremias, sua esperança foi fortalecida pela certeza de que Deus é e continuaria sendo fiel. Ele enxergou um raio de esperança em meio a todo o pecado e tristeza que o rodeava na época em que Jerusalém estava sob o cerco inimigo. Deus havia prometido uma restauração futura e Jeremias sabia que Deus cumpriria suas promessas.

Ele pode dizer: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim. Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade” (Jr 3.22,23).

“Levanta-te, clama de noite no princípio das vigílias; derrama o teu coração como águas diante da face do Senhor” (Lm 2.19). “Há esperanças no derradeiro fim” (Jr 31.17).



quinta-feira, 14 de abril de 2011

Família, um projeto de Deus - Parte 2


(Gn 12.3) “... em ti serão benditas todas as famílias da terra

O propósito divino de redimir e salvar a raça humana dá início a um novo capítulo na revelação do AT – A chamada de Abraão.

A intenção de Deus era que houvesse um homem que o conhecesse, o servisse e guardasse os seus caminhos e que fosse um líder espiritual em casa e ensinasse a seus filhos o caminho do Senhor: “Porque eu tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, ...” (Gn 18.19).

Dessa família surgiria uma nação escolhida de pessoas que se separassem das práticas ímpias doutras nações para fazerem a vontade de Deus. Então viria Jesus Cristo, o Salvador do mundo, o prometido descendente da mulher (Gn 3.15).

Esta é a bênção da salvação de Deus prometida a Abraão, e que se estenderia não só aos seus descendentes físicos (os judeus crentes), como também beneficiaria todas as famílias da terra: Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão” (Gl 3.7).

Desta bênção dependem todas as demais: “.. buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).

Desde o princípio, Deus estabeleceu o casamento e a família que dele surge, como a primeira e a mais importante instituição humana na terra.

O homem – Deus conferiu a Adão a responsabilidade pelo jardim, e ordenou que ele não comesse o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Ao invés de impedi-lo fisicamente, Deus lhe concedeu a chance de escolher, e com isso a possibilidade de escolher errado. Deus continua a nos dar chances, e nós ainda costumamos fazer a escolha errada. Tais erros podem nos causar dor, mas ajudam-nos a aprender e a fazer escolhas melhores no futuro. Viver com as consequências de nossas escolhas ensina-nos a pensar e escolher com mais cuidado.

A mulher – O trabalho criativo de Deus não estava completo até Ele fazer a mulher. Deus poderia tê-la formado do pó da terra, do mesmo modo que fizera o homem. Porém, Ele preferiu fazê-la da carne e dos ossos do homem. Assim, Deus ilustrou que, no casamento, homem e mulher estão simbolicamente unidos em uma só carne (Gn 2.24).

O desejo e o propósito de Deus para a esposa e mãe, é que sua atenção e dedicação se focalizem na família. O lar, o marido e os filhos precisam ser o centro dos interesses da mãe cristã; As esposas e as mães mais jovens devem aprender a viver de uma maneira cristã: amando seus maridos e cuidando de seus filhos, observando mulheres cristãs exemplares.

Essa é a maneira que Deus determinou para honrar a sua Palavra: “Olha pelo governo de sua casa e não come o pão da preguiça” (Pv 31.27).

Deus forma e prepara homens e mulheres para várias tarefas, que convergem todas para um mesmo objetivo – honrar a Deus. O homem dá vida à mulher; e a mulher dá vida ao mundo. Cada papel carrega privilégios exclusivos, e não há razão para pensar que um sexo é superior ao outro.

Casamento – Deus presenteou Adão e Eva com o matrimônio. Eles foram criados perfeitos um para o outro. O casamento não foi uma conveniência, tampouco foi criado por qualquer cultura. Ele foi instituído por Deus e possui três aspectos básicos: (1) o homem deixa seus pais e, em ato público, promete-se a si mesmo à sua esposa; (2) o homem e a mulher são unidos, assumindo responsabilidades pelo bem estar mútuo e amando um ao outro antes das outras pessoas; (3) ambos tornam-se um na intimidade e no comprometimento de união sexual que são reservados para o casamento. Esta é uma união fabulosa dos corações e vida do casal. O objetivo do casamento deve ser mais do que companheirismo; precisa haver unidade.

A vontade de Deus para o casamento é que ele seja permanente: “Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher se não aparte do marido” (1Co 7.10).

Filhos – Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra” (Ef 6.1-3).

Há uma diferença entre obedecer e honrar. Obedecer significa agir de acordo com as instruções recebidas. Honrar significa respeitar e amar. Os filhos não devem desobedecer a Deus ao obedecerem aos seus pais. Os filhos são obrigados a obedecer enquanto estiverem sob os cuidados dos pais, mas a responsabilidade de honrá-los é vitalícia. Devem honrar os pais, mesmo que estes sejam injustos ou excessivamente exigentes.

Pais – E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4).

Uma forma vital de expressar amor a Deus é cuidar do bem-estar espiritual dos filhos e esforçar-nos para levá-los a um real relacionamento com Deus. Os hebreus foram extremamente bem sucedidos ao tornar a religião parte integral de sua vida. O motivo do sucesso foi a combinação entre a educação religiosa e uma prática de vida. Eles utilizavam o contexto diário para ensinar sobre Deus. Os pais devem cuidar dos filhos afetuosamente, mesmo que estes não sejam obedientes ou amáveis. O ideal é que pais e filhos cristãos se relacionem com entendimento e amor. Isso só é possível quando os pais colocam os interesses dos filhos acima dos próprios interesses, e vice-versa.

Se nossa fé no Senhor Jesus Cristo for real, ela será geralmente demonstrada em casa, em nosso relacionamento com aqueles que nos conhecem melhor. Filhos e pais têm responsabilidades uns para com os outros.

Os maridos e pais que são bons exemplos de um viver cristão são importantes modelos que os homens mais jovens precisam ver, para que saibam como devem se portar.

Um bom líder necessita e deve utilizar-se de sábios conselhos. O entendimento humano é limitado, falho e sujeito a erros (Ef 4.18). É imperioso então que ele deva ser iluminado pela Palavra de Deus e dirigido pelo Espírito Santo (Rm 8.9-16).

Em todos os nossos planos, decisões e atividades, devemos reconhecer Deus como Senhor, e fazer a sua vontade como nosso supremo alvo. Todos os dias, devemos viver num profundo e confiante relacionamento com Deus, sempre buscando a sua direção “pela oração e súplicas, com ação de graças” (Fp 4.6). Se assim fizermos, Deus não permitirá que os que nEle confiam sejam apanhados e destruídos nas ciladas armadas pelo inimigo (Pv 3.25,26).

No gênero humano, nada mais há poderoso ou belo do que a expressão do amor mútuo entre um homem e uma mulher que estão realmente comprometidos um com o outro: “Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, labaredas do Senhor. As muitas águas não poderiam apagar esse amor nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse toda a fazenda de sua casa por este amor, certamente a desprezariam” (Ct 8.6,7).

Família, um projeto de Deus - Parte 1


(Gn 12.3) “... em ti serão benditas todas as famílias da terra



O propósito de Deus na criação do homem era ter um povo para sua própria possessão, cujo prazer estaria nEle, que o glorificaria, e que viveria em retidão e santidade diante dEle:

“E todos os do teu povo, para sempre herdarão a terra; serão renovos para mim plantados, obra das minhas mãos, para que eu seja glorificado” (Is 60.21).

Por isso o projetou como um ser trino e uno (corpo, alma e espírito), que possui mente, emoção e vontade, para que possa comunicar-se espontaneamente com Ele como Senhor, adorá-lO e servi-lO com fé, lealdade e gratidão. Deus desejou de tal maneira esse relacionamento com a raça humana que, quando Satanás conseguiu tentar Adão e Eva a ponto de se rebelarem contra Deus e desobedecer ao seu mandamento (Gn 2.16), Ele prometeu enviar um Salvador para redimir a humanidade das consequências do pecado (Gn 3.15).

O seu propósito não falhou, nem falhará. Deus demonstrou na vida de Jó que seu plano de redimir a raça humana, do pecado e do mal, é exequível. “E disse o Senhor a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero, e reto, e temente a Deus, e desviando-se do mal” (Jó 1.8).

Estabeleceu o casamento e a família que dele surge, como a primeira e a mais importante instituição humana na terra. O homem e a mulher receberam o encargo de serem frutíferos e de dominarem sobre a terra e o reino animal, e Deus os abençoou (Gn 1.28). E viu Deus tudo quanto tinha feito, e disse: “ficou muito bom” (Gn 1.31).

“E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente” (Gn 6.5). O número dos que se lembravam do Deus da criação, perfeição e amor estava reduzido a um: Noé – varão justo e reto em suas gerações; ele andava com Deus (Gn 6.9). Então Deus estabelece com Noé a sua aliança: a de mantê-lo salvo com sua família dentro da arca que ele mesmo construiria, porque, disse Deus, “eis que eu trago um dilúvio de águas sobre a terra” (Gn 6.17).

Para Noé, a obediência significava um compromisso com um projeto em longo prazo; mas Noé obedeceu: “conforme tudo o que Deus lhe mandou, assim o fez” (Gn 6.22).

Desde o marco inicial da história, a raça humana tem estado vinculada a Deus, mediante a fé e obediência a sua palavra, como a verdade absoluta.

Veio o dilúvio trazendo a total destruição de toda a vida humana fora da arca, mas o propósito de Deus era extirpar a extrema corrupção moral dos homens e mulheres e para dar à raça humana uma nova oportunidade de ter comunhão com Deus. E então Deus agiu, em virtude do seu amor para com Noé e sua família. Noé saiu do barco e pisou em uma terra sem vida humana. Porém Deus lhe deu uma promessa confortadora: nunca mais a terra seria destruída por águas de dilúvio; enquanto houvesse terra, as estações sempre aconteceriam como esperado; um arco-íris seria visto quando chovesse na terra, como sinal para todas as pessoas de que Deus cumpre as suas promessas (Gn 9.8-17).

Assim como Deus chamou Noé para construir uma arca e entrar com sua família prometendo-lhe manter salvo do dilúvio, Deus também te chama para edificar sua vida, sua casa, sua família na pedra angular do caráter, ou seja, na obediência à Palavra de Deus, para que seja guardado da corrupção, da violência, do desentendimento e de tantas outras mazelas que vêem inundando as famílias e destruindo-as como um dilúvio: “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha” (Mt 7.24-25).

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Um dia..., mais do que mil dias...


Salmo 84 – A maior prioridade dos israelitas ao voltarem a Jerusalém, foi reconstruir o templo e assim restaurar a adoração contínua ao Senhor. Os anos que passaram no cativeiro os ensinaram que Deus não os protegeria, nem ajudaria, a menos que O colocassem em primeiro lugar nas suas vidas. Quando foram lançados os alicerces do templo, os coraítas foram inspirados a escrever o mais doce dos salmos de paz, o Sl 84, a pérola dos salmos.

(VV.1,2)Tabernáculo – “Santuário”, um lugar separado para o Senhor habitar entre o seu povo e encontrar-se com os seus. O salmista ansiava por afastar-se do mundo agitado para encontrar-se com Deus, no seu santo Templo, lugar especialmente dedicado à adoração.  O verdadeiro crente tem sede de Deus e almeja estar na sua presença: “Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus”! (Sl 42.1).

(V.3) – Sobre os dois pássaros que encontram abrigo nos átrios de Deus, o pardal é o mais insignificante, o pássaro de menos valor (dois por um ceitil), e a andorinha o pássaro de menos sossego, mas ambos sentem-se bem vindos à Casa de Deus e junto aos seus altares. O que são ninhos para as andorinhas, Deus é para os homens. Quem vai à casa do Senhor buscar a sua presença, receberá a sua bênção.

(V.4) – Os que habitam em tua casa – os que estão em estreita comunhão com Deus são bem aventurados. Não podemos ter qualquer relacionamento autêntico com Deus se não aceitarmos a sua palavra e concordarmos com ela: “Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo” (Am 3.3)?

(VV.5, 6,7)“Bem aventurado o homem cuja força está em ti” – Quando a nossa força está em Deus, os lugares mais árduos da vida podem se transformar em bênçãos. A peregrinação ao Templo era através do estéril vale de Baca. O vale pode ser uma referência simbólica ao pranto, aos tempos de lutas pelos quais as pessoas passam em sua vida. Em ocasiões como estas, podemos extrair de Deus a nossa força e então irmos “de força em força”. O fortalecimento da fé em Deus é frequentemente precedido de uma jornada por lugares estéreis (Rm 5.3-5).

(V.8) – A oração é o elo de ligação que carecemos para recebermos as bênçãos de Deus, o seu poder e o cumprimento das suas promessas. Ela é antes de tudo, uma ordem de Deus através dos salmistas (Sl 105.4); dos profetas ((Is 55.6); dos apóstolos (1Ts 5.17) e do próprio Senhor Jesus (Lc 18.1; Jo 16.24): “... a oração dos retos é o seu contentamento” (Pv 15.8b).

(V.9)“Olha, ó Deus, escudo nosso”. O olhar do Senhor sobre nós significa que enquanto o temermos, confiarmos e esperarmos nEle, Ele cuidará de nós e nos protegerá (Gn 15.1).

(V.10)“Porque vale mais um dia nos teus átrios do que, em outra parte, mil”.
Podemos chegar à sua presença com confiança, sabendo que nossas orações e petições são bem acolhidas e ouvidas por nosso Pai celestial. Do seu trono fluem: o amor, o socorro, a misericórdia, o perdão, o poder divino, o batismo com o Espírito Santo, os dons espirituais o fruto do Espírito Santo e tudo o que precisamos em todas as circunstâncias da vida (Hb 4.16).

(VV.11,12) – Deus não promete nos dar de tudo o que pensamos ser bom, mas não se recusará a dar-nos o que é permanentemente bom. Se nossas obras e motivações forem justas, poderemos confiá-las ao Senhor e ter a certeza de que Ele as consolidará e nos abençoará. “Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nEle, e Ele tudo fará (Sl 37.5).

sábado, 9 de abril de 2011

Tempo de Deus

 Jo 11.1-15 (A morte de Lázaro)  

Marta, conhecida, por ter-se mostrado muito ocupada para sentar-se aos pés de Jesus e ouvir os seus ensinos (Lc 10.38-42). Já no texto lido a vemos como uma mulher de uma fé crescente (vv.21-24) que encorajada, chega a uma grande fé (v.27): “... creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo”.
A última referência a Marta é num jantar em Betânia (Jo 12.1-11), servindo uma refeição a Jesus e seus discípulos e a Lázaro.

A primeira referência à Maria é recebendo instrução aos pés de Jesus, (Lc 10.38-42).
No texto lido (v.2), João faz questão de explicar a qual das Marias ele se refere como irmã de Lázaro: “aquela que tinha ungido o Senhor com unguento”.
O NT fala de seis Marias: Maria, a mulher de Cleopas; Maria, a mãe de Jesus; Maria Madalena; Maria mãe de João Marcos; Maria de Roma e Maria de Betânia, a irmã de Lázaro.
No jantar, em Betânia (Mt 26.6-13; Mc 14.3-9; Jo 12.1-11)), na última semana de Jesus na terra, “Maria, tomando uma libra (327,5 gramas) de unguento de nardo puro, de muito preço, (mais de 300 dinheiros em Mc 14.5), ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhes os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento” (Jo12.3). O Mestre revelou que o ato de adoração daquela mulher seria conhecido em toda parte onde o evangelho fosse pregado, como exemplo de serviço de grande valor (Mt 26.13).
No texto em apreço, vemos Maria mais uma vez aos pés de Jesus, desta vez, para receber consolo: “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido” (v.32).

A referência a Lázaro no texto, é que ele estava enfermo, e era irmão de Marta e Maria (v.1). Ele aparece outra vez, no jantar em Betânia com Jesus, como o que falecera e a quem ressuscitara dos mortos (Jo 12.1).

Marta, Maria e Lázaro – uma família de Betânia, cidadezinha do Monte das Oliveiras a cerca de 3 km de Jerusalém. Eram lembrados por sua hospitalidade – (requisito social na cultura judaica). O Senhor hospedou-se ali algumas vezes: (Lc 10.38,39; Mt 21.17; 26.6). Jesus os amava (vv. 3,5, 36). Esta família desfrutava de íntima comunhão com o Senhor. Lázaro adoece.

O sofrimento dos justos e a aparente demora de Deus
A fidelidade a Deus não é garantia de que o crente não passará por aflições, dores e sofrimentos nesta vida. Jesus disse: “em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições” (Jo 16.33).
São diversas as razões porque os crentes sofrem e a primeira delas é em decorrência da queda de Adão e Eva. Quando o pecado entrou no mundo, entrou também a dor, a tristeza, o conflito e, finalmente, a morte (Gn 3.16-19).
Em Rm 8, a Bíblia nos fala de três gemidos na terra, por causa do pecado: o da natureza que se tornou sujeita às catástrofes físicas (v.22), o dos crentes (v.23) e o do Espírito Santo (v.26).
Jesus também se comoveu e foi tomado de profunda tristeza e ira por causa de todo sofrimento causado pela morte, por Satanás e pelo pecado. Jesus chorou (v.35) quando viu Maria chorar e os que com ela vinham (v.33).
Deus usa, às vezes, o sofrimento para aprendermos a depender menos de nós mesmos e mais dEle e da sua graça (Rm 5.3-5).

“Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas. “Ouvindo, pois, que estava enfermo, ficou ainda dois dias” (vv. 3,6).
A fé exclusivamente nEle outorga esperança: “aquele que crer não se apresse” (Is 28.16).
Jesus conhecia o sofrimento que esta família enfrentava. Não reagiu imediatamente por tres motivos: por um propósito específico: “Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus” (v.4); para fazer-lhes um bem maior; para fortalecer a fé tanto deles, como dos discípulos: “Lázaro morreu, e para o bem de vocês estou contente por não ter estado lá, para que vocês creiam (vv.14,15); (Nova versão internacional – Bíblia em ordem Cronológica).

Marta e Maria ao se encontrarem com Jesus exclamam com lamento: “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido” (vv.21,32); (Ver Jo 4.49,50).
O cronograma e a vontade de Deus, quanto às nossas provações ou aflições, são diferentes do nosso desejo (Is 55.8,9).
Ele nos atende de conformidade com a sua sabedoria e o seu amor (Jr 29.11-14).
Deus olha o tempo sob a perspectiva da eternidade. Pode realizar num só dia o que julgamos que levaria mil anos, ou vice versa (Sl 90.4; 2Pe 3.8). (Testemunho).
Ele tem um plano eterno que inclui os propósitos e atividades de toda pessoa na terra e tem um tempo determinado e um momento certo para todo o propósito debaixo do céu (Ec 3.1).
Jesus encoraja Marta a crer no milagre da ressurreição: “teu irmão há de ressuscitar” (v.23).
Marta não consegue enxergar a bênção perto dela: “Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia” (v.24) – o pouco conhecimento deixa-nos cegos (2Pe 1.5-11).
“Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor; como a alva, será a sua saída; e ele a nós virá como a chuva, como a chuva serôdia que rega a terra” (Os 6.3).
Disse-lhe Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isso”? (vv.25,26)
Marta desta vez se expressa como uma mulher de grande fé: “Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo” (v.27). (Ver Is 61.1 - A missão do Messias).
Jesus usa aqui, um dos seus nomes: “Eu sou a ressurreição e a vida” (faz ressurgir e é a vida).  
Eu sou o teu escudo (Gn 15.1); Eu sou o Deus Todo Poderoso (Gn 17.1); Eu sou o que sou = Deus que está presente e ativo (Ex 3.14); Eu sou (Jo 8.58); Eu sou a Porta (Jo 10.9); Eu sou o Bom Pastor (Jo 10.11); Eu sou o Caminho...(Jo 14.6); Eu sou o Alfa e o Ômega, O Princípio e o Fim (Ap 1.8).
Ressurgir,é chamar à existência o que já não existe (Rm 4.17); (Is 45.2,3).
Ele “preparou no mar um caminho e nas águas impetuosas, uma vereda” (Is 43.16).
Jesus disse: “Tirai a pedra” (v.39). As pedras nos impedem de ver a glória de Deus; Há pedras: do preconceito – (O cego de Jericó-Lc 18.35-43); da religiosidade – (A cura do cego de nascença, num sábado, Jo 9.16); A mulher do fluxo de sangue -Mc 5.27); da superstição - Adoração a um deus desconhecido - (At 17.22-25). São as chamadas pedras da incredulidade.
“Haveria coisa alguma difícil ao Senhor” (Gn 18.14)? 
Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias”. Disse-lhe Jesus: “Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus”? - encorajando-a a crer. “Tiraram, pois, a pedra” - foram libertos da incredulidade. E Jesus levantando os olhos para o céu, agradeceu ao Pai e clamou com grande voz:Lázaro, vem para fora. “E o defunto saiu” tendo a mão e os pés ligados com faixas, e o seu rosto, envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: desligai-o e deixai-o ir. – deixar os embaraços e viver em novidade de vida (2Co 5.17)
 “Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo a Maria e que tinham visto o que Jesus fizera creram nele” (vv.39-45).
Para quem crê em Jesus, a morte física não é um fim trágico. É, pelo contrário, a admissão à vida eterna e abundante, e, à comunhão com Deus;
O milagre da ressurreição de Lázaro foi uma demonstração daquilo que Deus fará com todos os crentes que morrerem em Cristo, na ocasião em que o Senhor voltar para buscar a sua igreja.                                                                                
Em meio às terríveis circunstâncias que enfrentamos, pode parecer que Deus se esqueceu de nós. A atitude certa ante a aparente demora de Deus é confiar no seu infinito amor e lembrar-nos que Ele já nos livrou e nos abençoou anteriormente. Uma admoestação típica de Moisés no livro de Deuteronômio é: “Lembra-te e não te esqueças”.  (Dt 6.12; 9.7; 15.15; 16.12; 24.18; 32.7; Sl 103.2).


Seguir a Jesus

(Lc 9.57-62)

(V.57) –“ Senhor, seguir-te-ei para onde quer que fores– tomou uma decisão precipitada, sem compromisso com Ele e sem pensar nos custos.
O custo do compromisso:
Pode enfrentar a perda da posição social ou da riqueza; pode ter que abrir mão da escolha quanto ao fazer com o seu dinheiro, seu tempo ou sua carreira; pode ser odiado, separado de sua família e até mesmo morrer (Pv 3.5-7).
“Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me, é o que disse Jesus aos seus discípulos, em Mt 16.24.
Tomar a cruz
Jesus usou esta ilustração para ensinar as multidões a pensarem em seu entusiasmo por Ele. Encorajou aqueles que eram superficiais a aprofundarem-se ou a desistirem.

(V.58) – As raposas, as aves dos céus e todos os animais, o Pai celestial os sustenta e estabeleceu morada para todos eles (Sl 104).
Pela resposta de Jesus dá a entender que o escriba buscava conforto.
Todos os que conheciam as profecias do AT, esperavam o Messias como um grande rei, como Davi, que derrotaria seu inimigo, Roma.
Filho do Homem – Jesus declara a verdade que Ele é o Messias prometido e enviado por Deus.
Com esta resposta, Jesus está dizendo que não veio estabelecer um reino político na terra, nem exercer o domínio do mundo porque “o seu reino não é deste mundo” (Jo 18.36).
O Reino de Cristo é o seu senhorio nas vidas e nos corações de todo o ser humano que ouve a verdade e lhe obedece. Ele foi criado à sua imagem para viver em santidade e retidão diante dEle.

(VV.59,60) – A decisão de seguir a Jesus não deve ser adiada.
“Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).
“Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta” (Hb 12.1),

(VV.61,62) – Seguir a Cristo significa submissão total a Ele.
“E qualquer que não levar a sua cruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo” (Lc 14.27).

Lançar mão do arado – significa caminhar em direção a uma vida de fé e obediência, “...recebemos a graça e o apostolado, para a obediência da fé” (Rm 1.5), concentrando-se no relacionamento que temos agora com Cristo, esquecendo as culpas do passado e olhando à frente para o que Deus nos ajudará a ser .
“Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”
(Fp 3.13,14).


Parábola do tesouro escondido


(Mt 13.44)

Parábola – ilustração da vida cotidiana revelando verdades nos corações dos que estão dispostos a ouvir, e ao mesmo tempo ocultando-as aos incrédulos.

Tesouro escondido – plano de Deus em Cristo, para salvação da humanidade perdida.
 “... a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto, mas que se manifestou agora e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé” (Rm 16.25,26).
Esteve oculto até que Cristo viesse: “mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de receberem a adoção de filhos” (Gl 4.45).

Campo – mundo, planeta Terra, local escolhido por Deus para que seu propósito e alvos para a humanidade fossem cumpridos.

O homem que achou o tesouro – você, eu, e todos os que hão de crer na Palavra de Deus.

Escondeu - guardou com segurança, com dedicação, com zelo, com vigilância.
“O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir” (Jo 10.10ª);
Esconder, demanda em luta constante pela defesa do evangelho. “Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3.11).
Judas advertiu os crentes sobre a grave ameaça dos falsos mestres e sua influência destruidora nas igrejas: ...tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3).
O Espírito Santo revelou explicitamente que haverá, nos últimos tempos, uma rebelião organizada contra a fé pessoal em Jesus Cristo:
“Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1Tm 4.1).
Em tempos de perseguição, até mesmo os cristãos mais convictos enfrentarão dificuldade para manter a sua fidelidade:
“porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt 24.24).

e, pelo gozo dele – Ver estudo sobre a alegria de Cristo. – (Continuação).

Vendeu tudo o que tinha – de todo o nosso coração, devemos abdicar de todos os demais interesses, por um único interesse supremo, que é Cristo: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo” (Cl 3.7,8).
A renúncia é uma condição do discipulado: “Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo” (Lc 14.33).

E comprou – Investimento espiritual: “Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam” (Mt 6.20).
O verdadeiro valor não se encontra nas posses materiais, mas em um correto relacionamento com Deus: “aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças, e vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os olhos com colírio, para que vejas” (Ap 3.18).


A alegria de Cristo - parábola do tesouro escondido – (Mt 13.44) - continuação                             

... e, pelo gozo dele – A alegria está associada à salvação de Deus em Cristo Jesus (Is 9.1-7).
O profeta Isaías, 732 a.C. já falava de um Libertador vindouro que um dia guiaria o povo de Deus à alegria, à paz, à retidão e à justiça: “Tu multiplicaste este povo e a alegria lhe aumentaste; todos se alegrarão perante ti, como se alegram na ceifa e como exultam quando se repartem os despojos. Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre ele, a vara que lhe feria os ombros e o cetro do seu opressor, como no dia dos midianitas” (vv. 3,4). (jugo=impostos; vara=castigo; cetro=realeza).
A alegria flui de Deus como um aspecto do fruto do Espírito (Gl 5.22).
Há alegria pelo modo como Deus se revela: “Naquela mesma hora alegrou-se Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos, e as revelaste aos pequeninos” (Mt 11.25).
João Batista saltou de alegria no ventre de Isabel quando ela ouviu a saudação de Maria, a mãe do seu Senhor (Lc 1.44).
Os magos do Oriente vendo que a estrela se deteve sobre o lugar onde estava o menino “alegraram-se muito com grande júbilo” (Mt 2.10).
O anúncio do nascimento de Jesus aos pastores de Belém veio como “novas de grande alegria...” (Lc 2.10,11).
Alegria, ao encontrar a ovelha perdida: “E quando a encontra, põe-na sobre os ombros, cheio de alegria” (Lc 15.5).
Deus e os anjos nos céus se alegram por um só pecador que se arrepende (Lc 15.7).
Zaqueu recebeu Jesus, com alegria: “apressando-se, desceu e recebeu-o com júbilo” (Lc 19.6).
“Houve grande alegria em Samaria, com a chegada do Evangelho” (At 8.8).
Na conversão dos gentios: “e davam grande alegria a todos os irmãos” (At 15.3).
O eunuco, após ter crido e descido ás águas, continuou o seu caminho, jubiloso (At 8.39).
O carcereiro na sua crença em Deus, “alegrou-se com toda a sua casa” (At 16.34).
 A cidadania celestial é a fonte da verdadeira alegria: “Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos céus” (Lc 10.20).

Houve grande alegria na ressurreição de Cristo: “E, saindo elas pressurosamente do sepulcro, com temor e grande alegria, correram a anunciá-lo aos seus discípulos” (Mt 28.8).
Na ascensão de Cristo: “tornaram com grande júbilo para Jerusalém” (Lc 24.52).
 A alegria permanece nos crentes: “Tenho vos dito isto para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa” (Jo 15.11).
 A alegria de Cristo age como um forte para nos guardar das aflições de todos os dias: “porque a alegria do Senhor é a vossa força” (Ne 8.10).
Uma evidência máxima de que a pessoa está vivendo o Reino de Deus, é viver uma vida de justiça, paz e alegria no Espírito Santo: “porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17).

Alguma vez o pecado já estabeleceu uma barreira entre você e Deus, fazendo parecer que Ele estava distante? Confesse os seus pecados a Deus como fez Davi, e Ele lhe restituirá a alegria de seu relacionamento com Ele: “Torna a dar-me a alegria da tua salvação” (Sl 51.12).

Um dia, os efeitos do pecado, tais como a tristeza, a dor, a mágoa e a morte serão para sempre banidos da terra: “E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas” (Ap. 21.3).
E uma grande multidão celestial inicia um coro de louvor a Deus por sua vitória; em seguida, os 24 anciãos juntam-se ao coro, e finalmente, o grande coro celestial começa a louvar a Deus – chegou o momento das bodas do Cordeiro, para a qual todos devemos estar preparados (Ap 19 1-8), ALELUIA!!!

Parábola das minas - (A mordomia da vida cristã)



(LC 19.11-13)

Esta parábola é parecida com a dos talentos (Mt 25.14-30).
Ambas falam de ida, ausência, volta, distribuição de bens e prestação de contas.

Jesus vinha de Jericó donde havia salvado Zaqueu, o publicano, quando ensinou esta parábola, na última semana que antecedia a sua morte. Os judeus ainda aguardavam um líder político que estabeleceria um reino terreno e os libertaria da dominação romana. Então Jesus prediz sua partida (v.12); distribui bens aos seus servos e os ordena a se empenharem nos negócios para fazer render (v.13).
Aí está o tríplice dever da vida: apropriação, formação e doação.

Apropriação – quando recebemos a Cristo, recebemos todas as oportunidades da vida (v.13): o amor de nosso Pai celestial, a salvação mediante Jesus Cristo, sua intercessão por nós no céu, a habitação interior do Espírito Santo e o seu batismo, a comunhão dos santos e a inspirada Palavra de Deus (2Pe 1.3).

Formação (de caráter) – 1Pe 1.18-20
A formação de caráter deve ser de acordo o plano divino: “Atenta, pois, que o faças conforme o seu modelo, que foi mostrado no monte (Ex 25.40).
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt 7.21-23).
Rm 12.2 “Não vos conformeis ...”
A verdadeira grandeza requer que sejamos grandes no que é justo (Lc 22.24-30).
O progresso espiritual é característica dos justos . “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv 4.18).

Doação – somos chamados para servir, como mordomos:
“Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1Pe 4.10).
“Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai” (Mt 10.8).
“Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel” (1Co 4.1,2).

Prestação de contas – É de responsabilidade pessoal (v.15) e faz parte do julgamento das obras: “Todos devemos comparecer ante o Tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal” (2Co 5.10).

Reprovação – Terão privilégios retidos e perda espiritual pela negligência do dever: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado” (Tg 4.17)
O servo inútil foi reprovado porque não investiu, abusou da confiança, foi infiel, preguiçoso e egoísta (usou de cautela para se proteger). (ver vv. 20,21,23 e 24).

Aprovação e exaltação – para os mordomos fiéis (v.26ª).
Aqueles que não produzirem frutos para o Reino de Deus não poderão esperar receber o mesmo tratamento que terão aqueles que forem fiéis; sua posição e herança no céu serão proporcionais à sua atual dedicação e consagração às coisas de Deus e do seu reino, aqui.

E-mail: abonbiblia@hotmail.com

As preocupações da vida

Mt 6.25-34
Ansiedade – estado emocional angustiante, acompanhado de alterações somáticas (cardíacas, respiratórias, etc.), e em que se preveem situações desagradáveis, reais ou não.
A ansiedade é proibida (vv. 25, 31, 34).
Efeitos maléficos: é infrutífera (Sl 39.6); abafa a Palavra (Mt 13.7, 22); estraga a paz no lar (Lc 10.40; afasta o sono (Ec  8.16); é a porção do pecador (v. 32)

As Escrituras estão repletas de promessas que conferem esperança e encorajamento ao povo de Deus, no tocante ao seu cuidado, provisão e socorro.
Quando Deus criou o mundo, criou também as estações (Gn 1.14) e proveu alimento aos seres humanos e aos animais (1.29, 30). Depois de o dilúvio destruir a terra, Deus renovou a promessa da provisão com estas palavras: “Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não cessarão” (8.22).
Vários dos salmos dão testemunho da bondade de Deus em suprir do necessário a todas as suas criaturas (Sl 104; 145).
 A Bíblia revela que Deus manifesta amor e cuidado especiais pelo seu próprio povo, tendo cada um dos seus em alta estima. Paulo enfatiza o cuidado amoroso de Deus Pai pelos seus filhos. “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” (Fp 4.19).
Por causa dos efeitos maléficos da preocupação, Jesus recomenda que não fiquemos ansiosos por causa das necessidades que Deus promete prover.
O melhor remédio para a preocupação é a oração. “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças” (Fp 4.6).
Mediante a oração, renovamos nossa confiança na fidelidade do Senhor, ao lançarmos nossa ansiedade e problemas sobre aquele que tem cuidado de nós.

(vv. 26, 28) - Lições da natureza - “olhai para as aves do céu,... para os lírios do campo...”.
Preocupar-se com o futuro prejudica os esforços que você está dedicando ao presente.
Deus comunicou de modo específico a vida e o fôlego ao 1º. Homem (Gn 2.7), e assim evidenciou que a vida humana está num nível acima de todas as outras formas de vida. O seu alto valor está baseado no fato de ser criado à imagem de Deus.

(V. 27) – Preocupar-se é mais prejudicial do que útil.
...“ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas” (At 17.25b).

(vv. 28-30) – Deus não ignora aqueles que dependem dEle, pelo contrário, Ele estabeleceu uma aliança eterna com Abraão e seus descendentes,para ser o seu Deus e o Deus dos seus descendentes” (Gn 17.7); ver Gl 3.9.

(vv. 31, 32) - A preocupação demonstra falta de fé e de entendimento a respeito de Deus.

(v. 33) - O Senhor promete suprir todas as necessidades daqueles que lhe obedecem.  Buscar em 1º lugar o Reino de Deus e a sua justiça significa priorizar Deus em nossa vida, de modo que nossos pensamentos estejam voltados para sua vontade, nosso caráter seja semelhante ao do Senhor, sirvamos e obedeçamos a Deus em tudo.

(v.34) - Viver um dia de cada vez, evita que sejamos consumidos pela ansiedade. Não deixe que as inquietações com a amanhã afetem seu relacionamento com Deus, hoje.

A vida tem dois caminhos



(Sl. 1)
As Escrituras dividem todos os seres humanos em geral, em duas classes:
 1) O homem/mulher natural, denotando a pessoa irregenerada, isto é, governada por seus próprios instintos naturais. Tal pessoa não tem o Espírito Santo (Rm 8.9), está sob o domínio de Satanás (At 26.18) e é escravo da carne com suas paixões (Ef 2.3). Pertence ao mundo, está em harmonia com ele (Mg 4.4) e rejeita as coisas do Espírito. A pessoa natural não consegue compreender a Deus, nem os seus caminhos (1Co 2.14); pelo contrário, depende do raciocínio ou emoções humanas.
2) O homem/mulher espiritual, denota a pessoa regenerada, isto é, que tem o Espírito Santo. Tal pessoa crê em Jesus Cristo, esforça-se para seguir a orientação do Espírito que nele habita e resiste aos desejos sensuais e ao domínio do pecado (Rm 8.13,14).

Existem apenas dois caminhos diante de nós: o da obediência a Deus ou o da rebelião.
Caim e seus descendentes foram os cabeças da civilização humana, até hoje desviada de Deus: “E saiu Caim de diante da face do Senhor” (Gn 4.16). A motivação básica de todas as sociedades humanistas está em superar a maldição, buscar o prazer e reconquistar o “paraíso”, sem submissão a Deus. O sistema mundial fundamenta-se no princípio da auto redenção da raça humana, na sua rebelião contra Deus: “todo o mundo está no maligno” (1Jo 5.19).
A família de Sete, ao contrário, invocava “o nome do Senhor”, expressando assim a sua dependência dEle (Gn 4.26). Dessa forma, duas descendências totalmente diferentes foram ocupando a terra: a dos justos e a dos ímpios.

(v.1) - Advertência: “Não entres na vereda dos ímpios, nem andes pelo caminho dos maus. Evita-o; não passes por ele; desvia-te dele e passa de largo” (Pv 4.14,15).
“não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus”? (Tg 4,4)

(v.2) – Se você quer seguir a Deus de modo mais íntimo, deverá conhecer aquilo que ele diz em sua Palavra. Quanto mais conhecermos a extensão da Palavra de Deus, mais princípios teremos para nos guiar em nossas decisões diárias (Os 6.3).

(V.3) – A frase “tudo quanto fizer prosperará”, significa que, quando aplicamos a sabedoria de Deus à nossa vida, produziremos o melhor e teremos a aprovação de Deus, da mesma maneira que uma árvore absorve a água e os sais minerais e produz frutos deliciosos. Significa que aqueles que dão a Deus e à sua Palavra o primeiro lugar em suas vidas podem esperar prosperar em todos os aspectos. “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos; escudo é para os que caminham na sinceridade” (Pv 2.7).

(V.4) – Os ímpios são como a moinha (casca ou palha) que é lançada para longe (por ser muito leve), por forças que não conseguem ver, enquanto o bom grão cai de novo sobre a superfície.

(V.5) – Deus julga as pessoas com base na fé que depositam nEle e na resposta à sua vontade revelada. Os que se entregam ao orgulho e à iniquidade, no juízo final, não subsistirão: “Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo de ourives e como o sabão dos lavandeiros” (Ml 3.2).

(V.6) – Todos os caminhos humanos são conhecidos por Deus, mas o Senhor faz diferença entre o justo e o ímpio. O justo tem um selo: “O senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade” (2Tm 2.19). “Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não o serve” (Ml 3.18).