Salmo 84 – A maior prioridade dos israelitas ao voltarem a Jerusalém, foi reconstruir o templo e assim restaurar a adoração contínua ao Senhor. Os anos que passaram no cativeiro os ensinaram que Deus não os protegeria, nem ajudaria, a menos que O colocassem em primeiro lugar nas suas vidas. Quando foram lançados os alicerces do templo, os coraítas foram inspirados a escrever o mais doce dos salmos de paz, o Sl 84, a pérola dos salmos.
(VV.1,2) – Tabernáculo – “Santuário”, um lugar separado para o Senhor habitar entre o seu povo e encontrar-se com os seus. O salmista ansiava por afastar-se do mundo agitado para encontrar-se com Deus, no seu santo Templo, lugar especialmente dedicado à adoração. O verdadeiro crente tem sede de Deus e almeja estar na sua presença: “Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus”! (Sl 42.1).
(V.3) – Sobre os dois pássaros que encontram abrigo nos átrios de Deus, o pardal é o mais insignificante, o pássaro de menos valor (dois por um ceitil), e a andorinha o pássaro de menos sossego, mas ambos sentem-se bem vindos à Casa de Deus e junto aos seus altares. O que são ninhos para as andorinhas, Deus é para os homens. Quem vai à casa do Senhor buscar a sua presença, receberá a sua bênção.
(V.4) – Os que habitam em tua casa – os que estão em estreita comunhão com Deus são bem aventurados. Não podemos ter qualquer relacionamento autêntico com Deus se não aceitarmos a sua palavra e concordarmos com ela: “Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo” (Am 3.3)?
(VV.5, 6,7) – “Bem aventurado o homem cuja força está em ti” – Quando a nossa força está em Deus, os lugares mais árduos da vida podem se transformar em bênçãos. A peregrinação ao Templo era através do estéril vale de Baca. O vale pode ser uma referência simbólica ao pranto, aos tempos de lutas pelos quais as pessoas passam em sua vida. Em ocasiões como estas, podemos extrair de Deus a nossa força e então irmos “de força em força”. O fortalecimento da fé em Deus é frequentemente precedido de uma jornada por lugares estéreis (Rm 5.3-5).
(V.8) – A oração é o elo de ligação que carecemos para recebermos as bênçãos de Deus, o seu poder e o cumprimento das suas promessas. Ela é antes de tudo, uma ordem de Deus através dos salmistas (Sl 105.4); dos profetas ((Is 55.6); dos apóstolos (1Ts 5.17) e do próprio Senhor Jesus (Lc 18.1; Jo 16.24): “... a oração dos retos é o seu contentamento” (Pv 15.8b).
(V.9) – “Olha, ó Deus, escudo nosso”. O olhar do Senhor sobre nós significa que enquanto o temermos, confiarmos e esperarmos nEle, Ele cuidará de nós e nos protegerá (Gn 15.1).
(V.10) – “Porque vale mais um dia nos teus átrios do que, em outra parte, mil”.
Podemos chegar à sua presença com confiança, sabendo que nossas orações e petições são bem acolhidas e ouvidas por nosso Pai celestial. Do seu trono fluem: o amor, o socorro, a misericórdia, o perdão, o poder divino, o batismo com o Espírito Santo, os dons espirituais o fruto do Espírito Santo e tudo o que precisamos em todas as circunstâncias da vida (Hb 4.16). (VV.11,12) – Deus não promete nos dar de tudo o que pensamos ser bom, mas não se recusará a dar-nos o que é permanentemente bom. Se nossas obras e motivações forem justas, poderemos confiá-las ao Senhor e ter a certeza de que Ele as consolidará e nos abençoará. “Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nEle, e Ele tudo fará (Sl 37.5).
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