(LC 19.11-13)
Esta parábola é parecida com a dos talentos (Mt 25.14-30).
Ambas falam de ida, ausência, volta, distribuição de bens e prestação de contas.
Jesus vinha de Jericó donde havia salvado Zaqueu, o publicano, quando ensinou esta parábola, na última semana que antecedia a sua morte. Os judeus ainda aguardavam um líder político que estabeleceria um reino terreno e os libertaria da dominação romana. Então Jesus prediz sua partida (v.12); distribui bens aos seus servos e os ordena a se empenharem nos negócios para fazer render (v.13).
Aí está o tríplice dever da vida: apropriação, formação e doação.
Apropriação – quando recebemos a Cristo, recebemos todas as oportunidades da vida (v.13): o amor de nosso Pai celestial, a salvação mediante Jesus Cristo, sua intercessão por nós no céu, a habitação interior do Espírito Santo e o seu batismo, a comunhão dos santos e a inspirada Palavra de Deus (2Pe 1.3).
Formação (de caráter) – 1Pe 1.18-20
A formação de caráter deve ser de acordo o plano divino: “Atenta, pois, que o faças conforme o seu modelo, que foi mostrado no monte (Ex 25.40).
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt 7.21-23).
Rm 12.2 “Não vos conformeis ...”
A verdadeira grandeza requer que sejamos grandes no que é justo (Lc 22.24-30).
O progresso espiritual é característica dos justos . “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv 4.18).
Doação – somos chamados para servir, como mordomos:
“Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1Pe 4.10).
“Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai” (Mt 10.8).
“Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel” (1Co 4.1,2).
Prestação de contas – É de responsabilidade pessoal (v.15) e faz parte do julgamento das obras: “Todos devemos comparecer ante o Tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal” (2Co 5.10).
Reprovação – Terão privilégios retidos e perda espiritual pela negligência do dever: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado” (Tg 4.17)
O servo inútil foi reprovado porque não investiu, abusou da confiança, foi infiel, preguiçoso e egoísta (usou de cautela para se proteger). (ver vv. 20,21,23 e 24).
Aprovação e exaltação – para os mordomos fiéis (v.26ª).
Aqueles que não produzirem frutos para o Reino de Deus não poderão esperar receber o mesmo tratamento que terão aqueles que forem fiéis; sua posição e herança no céu serão proporcionais à sua atual dedicação e consagração às coisas de Deus e do seu reino, aqui.
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