quinta-feira, 14 de abril de 2011

Família, um projeto de Deus - Parte 1


(Gn 12.3) “... em ti serão benditas todas as famílias da terra



O propósito de Deus na criação do homem era ter um povo para sua própria possessão, cujo prazer estaria nEle, que o glorificaria, e que viveria em retidão e santidade diante dEle:

“E todos os do teu povo, para sempre herdarão a terra; serão renovos para mim plantados, obra das minhas mãos, para que eu seja glorificado” (Is 60.21).

Por isso o projetou como um ser trino e uno (corpo, alma e espírito), que possui mente, emoção e vontade, para que possa comunicar-se espontaneamente com Ele como Senhor, adorá-lO e servi-lO com fé, lealdade e gratidão. Deus desejou de tal maneira esse relacionamento com a raça humana que, quando Satanás conseguiu tentar Adão e Eva a ponto de se rebelarem contra Deus e desobedecer ao seu mandamento (Gn 2.16), Ele prometeu enviar um Salvador para redimir a humanidade das consequências do pecado (Gn 3.15).

O seu propósito não falhou, nem falhará. Deus demonstrou na vida de Jó que seu plano de redimir a raça humana, do pecado e do mal, é exequível. “E disse o Senhor a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero, e reto, e temente a Deus, e desviando-se do mal” (Jó 1.8).

Estabeleceu o casamento e a família que dele surge, como a primeira e a mais importante instituição humana na terra. O homem e a mulher receberam o encargo de serem frutíferos e de dominarem sobre a terra e o reino animal, e Deus os abençoou (Gn 1.28). E viu Deus tudo quanto tinha feito, e disse: “ficou muito bom” (Gn 1.31).

“E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente” (Gn 6.5). O número dos que se lembravam do Deus da criação, perfeição e amor estava reduzido a um: Noé – varão justo e reto em suas gerações; ele andava com Deus (Gn 6.9). Então Deus estabelece com Noé a sua aliança: a de mantê-lo salvo com sua família dentro da arca que ele mesmo construiria, porque, disse Deus, “eis que eu trago um dilúvio de águas sobre a terra” (Gn 6.17).

Para Noé, a obediência significava um compromisso com um projeto em longo prazo; mas Noé obedeceu: “conforme tudo o que Deus lhe mandou, assim o fez” (Gn 6.22).

Desde o marco inicial da história, a raça humana tem estado vinculada a Deus, mediante a fé e obediência a sua palavra, como a verdade absoluta.

Veio o dilúvio trazendo a total destruição de toda a vida humana fora da arca, mas o propósito de Deus era extirpar a extrema corrupção moral dos homens e mulheres e para dar à raça humana uma nova oportunidade de ter comunhão com Deus. E então Deus agiu, em virtude do seu amor para com Noé e sua família. Noé saiu do barco e pisou em uma terra sem vida humana. Porém Deus lhe deu uma promessa confortadora: nunca mais a terra seria destruída por águas de dilúvio; enquanto houvesse terra, as estações sempre aconteceriam como esperado; um arco-íris seria visto quando chovesse na terra, como sinal para todas as pessoas de que Deus cumpre as suas promessas (Gn 9.8-17).

Assim como Deus chamou Noé para construir uma arca e entrar com sua família prometendo-lhe manter salvo do dilúvio, Deus também te chama para edificar sua vida, sua casa, sua família na pedra angular do caráter, ou seja, na obediência à Palavra de Deus, para que seja guardado da corrupção, da violência, do desentendimento e de tantas outras mazelas que vêem inundando as famílias e destruindo-as como um dilúvio: “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha” (Mt 7.24-25).